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Quimioterapia neoadjuvante e adjuvante, entenda as diferenças

A grande maioria dos tratamentos de câncer inclui sessões de quimioterapia. Muitos são os quimioterápicos que podem ser utilizados com o objetivo de atacar as células neoplásicas, ou seja, as células malignas. É comum o paciente ouvir no tratamento que a quimioterapia é adjuvante ou que ela é neoadjuvante, o que pode causar alguma confusão. Oncologista clínico, Dr. Cássio José de Abreu explica as diferenças.
“A quimioterapia neoadjuvante é feita no início do tratamento e tem como foco diminuir o tamanho do tumor ou afetá-lo para que, posteriormente, seja feita a cirurgia para a retirada dele. Isso pode possibilitar cirurgias menos agressivas, como por exemplo uma retirada de quadrante ao invés da cirurgia de mastectomia no caso do câncer de mama. Além disso, tumores inicialmente considerados inoperáveis podem ter resposta positiva à quimioterapia neoadjuvante, possibilitando que uma cirurgia seja realizada”, detalha o especialista.
A outra forma é a quimioterapia adjuvante. “Neste caso, o tratamento com quimioterápicos é feito após a cirurgia com o objetivo de combater possíveis focos da doença que possam ter restado mesmo com a cirurgia. Temos técnicas avançadas de cirurgia, mas ainda podem ficar pontos microscópios de células malignas e a quimioterapia adjuvante ajudará neste ponto, reduzindo a ocorrência de retorno da doença”, diz Dr. Cássio.
Não há uma conduta padrão para a indicação de uma ou outra modalidade. “O tratamento do câncer é individualizado e a prescrição da melhor conduta é estabelecida pelo médico especialista que está acompanhando o caso”, finaliza.