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O que é mieloma múltiplo?

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Este é o nome dado a um câncer que atinge a medula. Hematologista do Centro de Oncologia e Radioterapia de Londrina, Dra. Suelen Stallbaum explica que a medula é a “fábrica do sangue”, um tecido esponjoso que fica dentro dos ossos e muitas vezes é popularmente chamado de tutano. “O papel da medula para nós é fundamental, pois é lá que são produzidos os leucócitos (glóbulos brancos), as hemácias (glóbulos vermelhos), e as plaquetas”, completa.

O mieloma múltiplo leva esse nome porque afeta a medula, mas pode atingir outras áreas do corpo (coluna vertebral, pélvis, braços e/ou pernas). “A doença começa quando as células (plasmócitos) nascem doentes e se reproduzem rapidamente, acumulando-se na medula óssea e impedindo que células saudáveis se desenvolvam. Esses plasmócitos produzem um anticorpo anormal, que é chamado de proteína M. Porém, também existe o chamado mieloma múltiplo não-secretor, que é aquele onde não há a secreção da proteína M”, descreve a especialista.

Este câncer é mais comum em homens acima de 60 anos, tendo poucos casos descritos em pessoas com menos de 20 anos. Há casos assintomáticos da doença e outros com sintomas. Os mais comuns são: fortes dores ósseas, fraqueza, fraturas, fadiga (devido a uma possível anemia), infecções recorrentes, demora na recuperação de infecções e alterações na urina. Quando há a presença de um ou mais destes sinais, é importante consultar um especialista para o correto diagnóstico. “Infelizmente ainda é difícil determinar um fator que seja a causa do mieloma múltiplo, mas sabemos como diagnosticá-lo para iniciar o melhor tratamento e oferecer chances de cura ao paciente”, pontua Dra. Suelen.

Dentre os exames disponíveis para diagnóstico estão: biópsia da medula óssea, hemograma completo, eletroforese de proteínas, teste de urina e outros exames de sangue para avaliar o estágio da doença. “Há ainda exames ósseos, como radiografia, ressonância magnética e tomografia que podem ser solicitados”, completa.

De acordo com a hematologista, o tratamento do mieloma múltiplo tem por principal objetivo o controle da doença, já que não existe cura. “Devemos pensar na qualidade de vida do paciente e em não comprometer outras áreas, como coração e rins. O tratamento é fundamental e pode incluir quimioterapia, hemodiálise (em caso de comprometimento dos rins), cirurgias para correções ósseas que possam estar comprometendo a qualidade de vida do paciente, radioterapia para controle de dor e diminuir o risco de fratura e transplante de medula óssea. Posteriormente, fazemos o tratamento de manutenção com a administração de alguns medicamentos que serão definidos pelo hematologista”, esclarece.

Para Dra. Suelen, o mais importante é descobrir a doença em seu estágio inicial. “É por isso que, ao surgirem sintomas, um médico de confiança deve ser consultado”, conclui.

 

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