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Não era só uma pinta!

Sempre atuando com agricultura, Adilso Antonio Pomagerski descobriu um melanoma há pouco mais de um ano. “Sou mecânico de concessionária e 90% da minha atividade é na agricultura. Apareceu uma pinta nas minhas costas e achei que era só uma pinta. Em um atendimento que fiz, de trabalho mais intenso, fiquei muito tempo deitado sobre o local e a pinta começou a ficar vermelha. Meu filho tirou uma foto e colocou no Google a imagem. Logo apareceram outras semelhantes com diagnóstico de câncer de pele”, recorda.
Logo ele procurou um dermatologista que já apontou que as chances de ser um melanoma eram de 99%. “No dia 1° de dezembro de 2015 fiz minha primeira cirurgia, depois no dia 12 de janeiro fiz outra com ampliação para a retirada do gânglio linfático e estou em tratamento de quimioterapia”, afirma, mostrando a grande cicatriz que ficou do que ele imaginava ser “só uma pinta de 2 milímetros”.
Com 39 anos, Adilso serviu de exemplo para muitos colegas prestarem mais atenção ao próprio corpo e aos riscos da exposição exagerada ao sol sem proteção. “Depois do meu caso, foi todo mundo para o dermatologista”, conta. Ele acredita que se não tivesse ido fazer o serviço na fazenda aquele dia, teria demorado muito mais para buscar um especialista para avaliar a pinta. “Eu não teria percebido”, reforça.
Em caso de dúvida, a orientação é sempre buscar um especialista para avaliar pintas e manchas que surgem na pele. O câncer de pele não melanoma é o câncer mais frequente no Brasil, correspondendo a 30% de todos os tumores malignos registrados no país. A estimativa de novos casos no ano passado, segundo o INCA, era de 175.760. O melanoma tem incidência menor, representa 3% dos casos de câncer de pele, mas tem alta gravidade pela possibilidade de metástase. Quanto antes se diagnosticar a doença, maiores são as chances de cura. A estimativa de novos casos da doença foi de 5.670 no ano passado.