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Mielofibrose, um tipo de câncer no sangue

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A mielofibrose é um tipo de câncer sanguíneo que aparece devido ao mau-funcionamento das células-tronco. Ela faz parte das doenças chamadas mieloproliferativas que são as que causam uma proliferação anormal na medula óssea. A hematologista Dra. Suelen Stallbaum explica que este câncer é mais frequente em pessoas acima dos 50 anos e, muitas vezes, é assintomático nas fases iniciais, o que pode dificultar o diagnóstico precoce.

“Para entender a doença, é importante saber o que são as células-tronco, tão famosas no nome. Estas células estão na medula óssea e são responsáveis por gerar todo sangue que circula no nosso corpo. Quando há uma falha na medula óssea e precisamos realizar um transplante, são as células-tronco que são substituídas para poderem voltar a produzir sangue”, esclarece.

No caso da mielofibrose a falha acontece nas células-tronco que são responsáveis por dar origem às plaquetas. “Alguma mutação acontece nessas células e elas passam a produzir fatores de crescimento anormais que geram fibrose (uma espécie de cicatriz) na medula. A consequência é que esta fibrose começa a tomar o lugar da produção das células-tronco normais e a medula vai sendo inteiramente substituída por essa cicatriz até não conseguir mais produzir as células normais e acabar falindo”, descreve Dra. Suelen.

De acordo com a hematologista, mais da metade dos pacientes que tem a mielofibrose apresenta uma mutação no gene JAK2. Outros podem apresentar outras mutações ou até mesmo nenhuma mutação, mas a doença não é hereditária. Ela completa ainda que a doença pode ser primária, ou seja, sem outras doenças de medula prévia, ou secundária, quando está relacionada a outras doenças hematológicas, como a trombocitemia essencial.

Quando há sintomas, os principais incluem baço aumentado (um dos principais pontos de suspeita), sinais de anemia, febre e mal-estar geral. “Como os sintomas não são específicos da doença e, sim, comuns em outras patologias, o diagnóstico é feito com base em um hemograma e esfregaço sanguíneo, exame de diagnóstico da medula óssea e também investigação de possíveis mutações nos genes JAK2, CALR e MPL”, diz.

Confirmada a doença, o tratamento consiste em aliviar os sintomas do paciente e alguns medicamentos que tentam estacionar a doença, mas apenas um transplante de medula óssea pode trazer a cura.

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