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Vacina contra HPV também para meninos

Este ano, o Ministério da Saúde incluiu meninos de 12 e 13 anos na vacinação contra o HPV, vírus que pode causar câncer de colo de útero, vagina, pênis, ânus e garganta. As doses já estão disponíveis nos postos de vacinação. A cada ano, essa faixa etária será ampliada, atingindo, em 2020, os garotos entre 9 e 13 anos. As meninas de 9 a 14 anos também podem receber a vacina, que é administrada em duas doses. “Esta medida é importante para reduzir o número de casos de câncer relacionados ao HPV”, diz o oncologista Bruno Pozzi.
A vacina do HPV para meninos é utilizada como estratégia de saúde pública em seis países fora o Brasil (Estados Unidos, Austrália, Áustria, Israel, Porto Rico e Panamá). Ela é administrada em duas doses, com seis meses de intervalo entre elas. Para os portadores de HIV, a faixa etária é mais ampla (9 a 26 anos) e o esquema vacinal é de três doses (intervalo de 0, 2 e 6 meses). No caso dos portadores de HIV, é necessário apresentar prescrição médica.
“O HPV tem vários subtipos, alguns deles com potencial de causar câncer. A vacina protege contra quatro subtipos do vírus HPV (6, 11, 16 e 18), com 98% de eficácia quando aplicada nas doses corretas e antes do início da vida sexual”, descreve o oncologista. Ele lembra que a principal forma de transmissão do vírus se dá pelo contato sexual, com ou sem penetração já que a pele em contato com a mucosa afetada é um veículo de transmissão. “Após o início da vida sexual é fundamental que a mulher faça acompanhamento anual com ginecologista para realizar o Papanicolau, exame que pode detectar precocemente a presença de lesões causadas pelo HPV melhorando o prognóstico em caso de câncer. Mesmo quem tomou a vacina precisa realizar o exame”, orienta Dr. Bruno Pozzi.