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Terapia-alvo, medicina de precisão no combate ao câncer

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O avanço nas pesquisas dentro da oncologia, principalmente no que diz respeito ao mapeamento genético das células tumorais, aumentou o leque de terapias que podem ser usadas para tratar ou controlar a doença. Dentre elas está a terapia-alvo, que personalizou ainda mais o protocolo para cada paciente, avaliando diversos itens como saúde do paciente, tipo de tumor, estadiamento da doença e presença de marcadores específicos com mutações conhecidas que são atingidas pela terapia-alvo.

Dra. Marcela Jorge Uchoa, oncologista clínica, descreve que o câncer surge de alterações no DNA das células que passam a se multiplicar de forma desordenada e, muitas vezes, atingem mais de um órgão, a conhecida metástase. “Buscar soluções para combater esta questão no foco da doença é uma das chaves para ter efetividade no tratamento, e é justamente isto que a terapia-alvo faz, ela vai atacar as moléculas das células tumorais (alvos moleculares) visando a destruição delas como um míssil que sai com direção já pré-estabelecida”, compara.

O tratamento pode ser administrado via oral ou intravenosa. “É importante lembrar que a terapia-alvo não costuma ser o tratamento de primeira escolha mas vem quando os outros não tiveram o efeito esperado. Além disso, em geral, a terapia-alvo é indicada quando já há metástase uma vez que ela busca a destruição focada das células tumorais independente de onde elas estejam. O tumor precisa ter o ‘alvo’ a ser atingido pela terapia para ter efeito, ou seja, carregar a proteína ou gene alterado que são combatidos pela medicação ao terem seus alvos moleculares bloqueados”, acrescenta Dra. Marcela.

Estudos avaliando estas alterações genéticas tumorais e suas possíveis drogas alvo estão cada vez mais em evidência nos congressos atualmente. Ainda é um exame de custo elevado e de indicações precisas. “Em caso de dúvida, é importante que o paciente converse sempre com seu médico para que juntos eles encontrem o melhor protocolo de tratamento a ser adotado”, conclui a especialista.

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