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Radioterapia e câncer de mama

A grande maioria das pacientes submetidas ao tratamento oncológico devido ao câncer de mama necessita de radioterapia. “Em geral, ela é complementar ao tratamento cirúrgico e tem por objetivo eliminar algum foco remanescente microscópico de doença após a cirurgia. Com isso, minimizamos os riscos da doença recidivar (voltar), ou até mesmo proporcionar maior sobrevida às pacientes tratadas com radiação ionizante”, diz o radio-oncologista Dr. Renan Capitani Casagrande, do corpo clínico do Centro de Oncologia e Radioterapia de Londrina.
Ele frisa que a radioterapia é parte do tratamento do câncer de mama, juntamente com a cirurgia e quimioterapia/hormonioterapia, e destaca que há diferentes protocolos para as várias situações de apresentação desta patologia. Portanto, o tratamento deve ser individualizado.
A radioterapia favorece a destruição do DNA de células neoplásicas por meio de danos diretos ou indiretos. “O DNA das células cancerígenas são mais desorganizados e com isso acabam sendo mais frágeis à radioterapia, morrendo pelo efeito dela”, explica Dr. Renan.
De acordo com ele, com o avanço das técnicas de tratamento e dos equipamentos, os efeitos colaterais atualmente são menos intensos por conta da menor interação da radiação com os tecidos mais superficiais. Mas alguns efeitos adversos à radioterapia podem ocorrer, por isso Dr. Renan destaca ser fundamental que as pacientes sigam alguns cuidados. “O principal efeito adverso da radioterapia ocorre na pele e no tecido subcutâneo. Por isso orientamos que as pacientes em tratamento evitem o uso de sutiã, exposição solar ou que utilizem medicações que não tenham sido prescritas por profissional habilitado”, orienta.
Dr. Renan ressalta ainda que as consultas com o radio-oncologista devem ser periódicas durante o tratamento. Neste momento, além de serem avaliadas quanto aos efeitos colaterais presentes, as pacientes podem e devem sanar toda e qualquer dúvida com o especialista sobre o assunto.