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Qual o papel do oncologista clÃnico?

Esta é uma questão frequente, afinal, diferente de especialidades rotineiras como ginecologista, cardiologista e pediatra, a oncologia clínica entra em cena, na maioria das vezes, quando há um diagnóstico de câncer.
Especialista na área, Dra. Laura Maria de Jesus Moreira explica que a oncologia clínica é a especialidade que vai acompanhar o paciente praticamente durante todo o tratamento. “Somos nós que indicamos quando será necessário fazer o tratamento com drogas, se no pré ou pós-operatório, se será utilizado quimioterapia, imunoterapia ou terapias alvo moleculares, ou até mesmo a associação dos diversos tratamentos”, resume.
Ela aponta que alguns tumores podem ser tratados somente com a quimioterapia, casos em que a cirurgia não vai influenciar no resultado do tratamento. “Por outro lado existem também tumores que, dependendo da fase em que são diagnosticados e/ou baixa resposta ao tratamento com drogas, são tratados exclusivamente com cirurgia. Por esse motivo necessitamos de uma equipe multidisciplinar para que possamos discutir qual será o tratamento que trará maior benefício para o paciente. Além do cirurgião oncológico, o radioterapeuta, que conduz a radioterapia, temos ainda outras áreas que são muito importantes, como cuidados paliativos e cirurgia plástica em casos de reconstrução, para citar alguns exemplos”, completa.
Depois de definir o melhor medicamento, dosagem e duração de uso para cada tipo de paciente, o oncologista clínico precisa acompanhar e tratar de todos os efeitos colaterais imediatos e tardios. “Buscamos sempre saber como está a qualidade de vida, a alimentação, se há dor ou qualquer incômodo. Dessa forma, podemos agir para minimizar o desconforto causado pelo tratamento", ressalta Dra. Laura.
Após a conclusão do tratamento inicial, o oncologista clínico prosseguirá com os cuidados conforme cada caso. “O acompanhamento tem por objetivo detectar caso ocorra o retorno da doença e também consequências do tratamento se houverem. Os intervalos dos retornos são estabelecidos de acordo com o quadro do paciente e o tempo decorrido do término do tratamento, podendo ser a cada 3, 6 meses ou mesmo 1 ano. As consultas servem para orientar, realizar exames importantes e checar como está a saúde do paciente”, finaliza Dra. Laura.