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Leucócitos: O que são?
Os leucócitos, também chamados de glóbulos brancos, são as células que agem na defesa do nosso organismo, trabalhando para combater alergias, infecções e, por isso, são fundamentais contra a presença de micro-organismos que causam doenças como vírus, bactérias e parasitas.
A hematologista Suelen Stallbaum explica que eles são produzidos na medula óssea, a nossa “fábrica” do sangue. “Os leucócitos são tão importantes que algumas doenças são percebidas pelo médico ao realizar o hemograma e ver o volume de glóbulos brancos no sangue, como é o caso das infecções. Leucócitos aumentados podem ser sugestivos de infecções, por exemplo, mas existem casos em que pode acontecer o contrário também”, descreve.
O número normal de leucócitos no sangue varia de 3.700 a 10 mil a cada mm³ (microlitro) de sangue em média. “Quando há um número muito elevado, dizemos que há leucocitose, e quando há um número mais baixo, a leucopenia. Ambos os casos precisam ser investigados para descobrir a causa, que pode ser uma falha na medula óssea, por conta de processos inflamatórios ou outras causas menos comuns”, completa a hematologista.
Na área da oncologia, a leucemia é uma das doenças mais faladas ligadas ao nosso sangue. E ela está diretamente relacionada ao nosso sistema de defesa do organismo, os leucócitos. “De forma simplificada, podemos dizer que as leucemias são cânceres dos leucócitos. Elas levam a uma proliferação anormal e desordenada de glóbulos brancos que provoca grandes alterações na contagem das células do sangue. Ao fazer um hemograma, ao invés de aparecerem de 5 mil a 10 mil glóbulos brancos, aparecem 90 mil, 100 mil em pacientes com leucemia, embora também existam casos em que a contagem de leucócitos pode vir normal ou até baixa e mesmo assim ser uma leucemia”, descreve.
Dentre os principais sintomas da doença, Dra. Suelen cita a febre, sangramentos, hematomas e fraqueza. “Como as leucemias estão diretamente ligadas ao nosso sistema de defesa, existem vários motivos para haver febre. Pode ser pela imunidade comprometida pela doença ou até mesmo porque a própria célula maligna pode liberar substâncias que levam à febre. Já sangramentos e hematomas são sintomas clássicos da doença, por isso os filmes ou novelas em que um personagem tem leucemia geralmente a retratam assim. Isso acontece porque as plaquetas, que são células envolvidas na coagulação do sangue, podem ter sua produção prejudicada pela infiltração da fábrica do sangue por células malignas e com isso podem surgir sangramentos na gengiva e no nariz, além de diversas manchas roxas pelo corpo. Já a fraqueza acontece por conta da anemia causada pela doença. Com a diminuição dos glóbulos vermelhos o paciente pode sentir fraqueza, tontura, fadigas e dores de cabeça”, descreve.
Além desses sintomas, o paciente pode ter ainda um aumento de gânglios linfáticos. “Este sintoma é mais recorrente em pacientes com Leucemia Linfoide Crônica e Leucemia Linfoide Aguda. Estes pacientes costumam perceber o surgimento de gânglios aumentados (ou seja, "carocinhos") em regiões como axila, virilha e pescoço. Indolores, eles são sinais importantes da doença e precisam ser investigados”, alerta Dra. Suelen. Ela acrescenta que nem sempre a leucemia gera sintoma, o que acaba dificultado o diagnóstico precoce.
Em caso de dúvidas, a orientação é sempre buscar um especialista de sua confiança.