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Fé em Deus, confiança nos médicos e carinho da família guiaram Edvânia durante o tratamento do câncer

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Um mês após perder a mãe que teve câncer, Edvânia Costa Bordignon descobriu que estava com a doença. Era o ano de 2015 e o diagnóstico de câncer de ovário ficou marcado na memória pela exata coincidência da data. “Na época fiz a histerectomia radical, tirou tudo”, conta. A vida seguiu seu fluxo até que em julho de 2016 alguns sintomas incômodos apareceram. “Comecei a ter dor, o abdômen dilatava, evacuava com sangue e busquei um médico. Inicialmente ele suspeitou de diverticulite, pediu que eu tomasse um medicamento por 7 dias e se não melhorasse era para retornar. O remédio não fez efeito, eu retornei e por conta do meu histórico ele pediu que procurasse um oncologista. Ele me encaminhou para o maravilho Dr. Rafael Sato, o consultório ficava no mesmo prédio e sai de um consultório e entrei no outro, no mesmo minuto”, recorda Edvânia.

Foram solicitados alguns exames mas tudo indicava para a recidiva da doença. “O Dr. Rafael disse que seria preciso uma cirurgia para fechar o diagnóstico, fiz a videolaparoscopia e na verdade o material foi para a biópsia apenas para cumprir o protocolo, porque ele já sabia que estava com a doença. Quando abriu, já tinham os sinais. Eu tinha um tumor grande em cima do intestino e metástase em todo o peritônio”, descreve Edvânia. O câncer era agressivo e estava avançado. “Quando ele me passou o diagnóstico, uma semana depois, fui digerindo a notícia. Chorei mas ao mesmo tempo agradeci porque não era com meu filho, se Deus estava me dando aquela doença ele estava livrando alguém que ia sofrer mais do que eu. Eu só agradecia, dizia obrigada”, conta emocionada.

Dr. Rafael Sato, que é cirurgião oncológico, explicou que seriam necessárias sessões de quimioterapia. “Foi quando ele me encaminhou para o também maravilhoso Dr. Bruno Pozzi. Ele disse: “Você está com a saúde boa, então vamos pegar pesado (na quimioterapia). Fui para a primeira sessão e me senti bem, até fui a um jantar do Maxi, escola em que eu trabalho, dou aulas para o 3°ano. Uma semana depois da quimio, comecei a sentir muita dor nas pernas e no 12° dia meus cabelos caíram todos”, relata.

Foi um dia difícil. Ela foi até a cabelereira, que com muito carinho cortou o cabelo comprido e fez uma trança que Edvânia guarda até hoje. “Depois voltei pra casa, mas mesmo curtinho meu cabelo continuava caindo. Meu sobrinho pegou a máquina de fazer a barba, colocou no zero, e raspou minha cabeça. Fiquei emocionada com o gesto dele, adolescente, cuidando de mim. Meu filho pegou o celular e foi procurar no Google como se amarravam lenços na cabeça, ele amarrou um lenço na cabeça dele, minha irmã também, todos colocaram lenços para tratar da doença de um jeito leve”, recorda. Era o carinho que ela precisava para reunir forças e encarar as sessões de quimioterapia. “Elas foram ficando mais pesadas, tinha muita dor no estômago, inchava, eu tinha alergia a um dos medicamentos e tomava muitos remédios para aliviar o mal estar. Depois das sessões, fiz o exame de marcador e a doença já tinha reduzido em 90%”.

Mesmo com os números positivos, Edvânia ouviu de Dr. Rafael Sato que outra cirurgia seria necessária por conta do estágio da doença. Foi um momento difícil, ela sentiu medo, quis ver o filho várias vezes. “Tive medo de não volta da cirurgia”, relembra.

Encarar um tratamento pesado não é tarefa fácil. Ela teve várias intercorrências. Sangramentos no nariz, boca e olhos foram contidos com 2 cirurgias ao longo do tratamento, as dores eram persistentes, o corpo estava fraco. Mas Edvania não se esquecia de agradecer em todo momento. “Eu dizia para Deus: ‘Obrigada porque existem os médicos, porque existem medicamentos, porque eu tenho acesso a tudo isso e isso vai passar. E foi pensando assim que consegui passar”, declara.

O tratamento todo durou 1 ano e meio. Hoje, feliz, ela celebra a vida e tenta passar mensagens de otimismo a quem enfrenta o câncer. “Agora eu estou ótima! Três coisas foram fundamentais para isso: a Fé em Deus, a confiança nos médicos e o carinho e apoio da minha família”, diz. Ela conta que as duas irmãs se revezavam para estar 24 horas com ela, no trabalho, todos foram maravilhosos. “É como se Deus me dissesse, isso é uma coisa ruim mas eu tenho muito mais coisa boa para te dar, eu me apegava a isso, tudo foi acontecendo, fluindo bons ares e eu estou aqui trabalhando normalmente, fazendo atividade física. Ainda tenho um pouco de dor nas pernas e pés mas nada que uma bacia de água quente não resolva!”, diz com astral encantador.

Com tanta história acumulada, ela fala com propriedade: “Falo para as pessoas que estão passando por isso que vai passar, que vai acabar, que é verdade que vai acabar porque eu posso falar isso com autoridade porque passei por isso”, ressalta.

Nos momentos de maior dificuldade e dor, ela se aninou nos braços de Deus. “Antes da segunda cirurgia eu estava muito fraca, desmaiei no hospital, via longe a cabeça das enfermeiras e a única coisa que consegui fazer foi dizer ‘Deus, me põe em seu colo porque eu não aguento mais, eu preciso de um colo sagrado’”, revela emocionada. A cirurgia retirou o que ainda restava do câncer. Edvânia ainda passou por mais uma cirurgia para retirar uma hérnia que se formou meses após a segunda cirurgia e hoje a vida segue seu ritmo normal.

Impossível não se emocionar com uma história de superação, força, fé e amor como a de Edvania. Feliz, hoje ela planeja viagens, olha pra frente, sorri e se alegra com o que tem. Professora do ensino médio, ela tem ainda na energia dos jovens um combustível a mais. “A energia dos meus alunos passa para mim, a irreverência deles e as características peculiares desta fase da vida também. Senti falta dessa energia quando não estava trabalhando”, finaliza com sorriso no rosto.

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