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Estadiamento do câncer: você sabe o que isso significa?
Quando há um diagnóstico de câncer, é uma prática da oncologia classificar o grau de estadiamento da doença. O cirurgião oncológico Dr. Rafael Onuki Sato explica que o oncologista verifica a evolução do câncer para fazer essa avaliação.
“O estadiamento é o processo que determina a extensão e o local do câncer. Por ele é possível avaliar a forma como a doença avançou pelo corpo para planejar a melhor forma de tratamento, bem como analisar o prognóstico daquele paciente. É comum que diferentes tipos de câncer, com o mesmo grau de estadiamento, tenham tratamento e prognóstico semelhantes”, explica.
Ha exames e testes que ajudam nesta avaliação. “O exame físico pode ajudar a descobrir a localização do tumor. Outros exames de imagem, tais como raio-X, tomografia computadorizada, ressonância magnética, ultrassom e PET scan também oferecem informações importantes sobre o local e a disseminação do câncer. A biópsia auxilia no diagnóstico do câncer, pois permite avaliar se a imagem visualizada nos exames corresponde à disseminação da doença”, enumera Dr. Rafael.
Os estadiamentos mais comuns são o clínico e o patológico. O clínico diz respeito à extensão da doença. É uma avaliação baseada nos resultados dos exames clínicos, de imagem e da biópsia sendo fundamental no diagnóstico, pois permite que seja escolhida a melhor alternativa de tratamento a ser iniciado. O estadiamento patológico é realizado após o tratamento cirúrgico. “Consiste em avaliar não só os resultados dos exames físico, de imagem e da biópsia, mas também no que foi observado durante a cirurgia. Em alguns casos, o estadiamento patológico confirma um grau de disseminação diferente do estadiamento clínico”.
Além disso, há diferentes métodos para mensuração do grau de estadiamento do câncer. “O mais comum é o sistema TNM, um conjunto de normas que são atualizadas a cada 6-8 anos e que atribui uma letra a cada tipo de câncer. A letra T indica um tumor primário, a letra N indica que o câncer se espalhou para os linfonodos e a letra M é atribuída ao câncer que se tornou metastático. Além disso, cada letra tem diversas variações que especificam as características do tumor e facilitam a escolha do melhor tipo de tratamento”, conclui.