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Câncer na gestação

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Gravida de 4 meses, Caroline Motti Sorpreso descobriu que estava com câncer de mama. “Eu já fazia exames de rastreamento de 6 em 6 meses porque minha mãe teve câncer, varias tias também tiveram. Tinha feito exame há 5 meses quando apareceu um caroço na mama e em uma semana ele estufou. Fui procurar o médico e veio o diagnóstico. Daí começou a correria e o medo de perder o bebê”, recorda.

Pelo tamanho do tumor, era preciso fazer primeiro as sessões de quimioterapia, 16 no total, para reduzi-lo. A gestação foi seguindo junto com o tratamento, que ainda está em curso (já foram 15 sessões de quimio).

Caroline conta que logo após a primeira sessão de quimioterapia ela passou muito mal. “Fiz minha primeira quimio e quando cheguei em casa, a noite, passei muito mal, tive uma sensação que iria morrer naquela noite, nossa tive muita aceleração, sentia frio e calor ao mesmo tempo, ia do quarto para sala, foi muito ruim aquela sensação. Foi aí que deitei no sofá e pedi para Deus me acalmar pois tinha o Gustavo e não queria fazer mal para ele. Adormeci e Deus me deu um sonho, sonhei com o dia do meu parto, foi tão verdadeiro sonhei certinho o Jean meu ginecologista tirando o Gustavo , ele era igualzinho e dizendo seu filho é perfeito, nasceu sem nenhuma sequela , pode ficar tranquila, me disse até o peso que iria nascer. Foi aí que acordei e todo aquele mal estar foi passando e consegui dormir. Depois disso tirei uma força sem explicação não tive nenhum sintoma da quimioterapia depois”, conta. Para ela, a vida do filho é uma vitória sem tamanho. “Digo que o Gustavo é um milagre na minha vida. Ele nasceu com 37 semanas de gestação, saudável, sem precisar de UTI”, celebra.

Ainda fazendo as sessões de quimioterapia, Caroline optou por usar a touca hiportérmica, que evita a queda de cabelo. “Eu tinha muito medo de perder o cabelo, acho que me apavorava mais que o próprio câncer. A autoestima é tudo, quando minha mãe teve câncer não tinha esse recurso, ela perdeu o cabelo e vi como faz diferença. O meu cabelo não caiu nada. Foi muito bom poder contar com a touca”, destaca.

Para quem não conhece, a touca é a que está na cabeça da Caroline na foto. Ela é bem fria e justamente pela baixa temperatura minimiza a perda dos fios ao provocar a vasoconstrição dos vasos sanguíneos que irrigam o couro cabeludo, fazendo com que a concentração de quimioterápicos seja reduzida naquela região. Ela precisa ser usada em todas as sessões de quimioterapia (o médico que acompanha o caso precisa indicar o uso, há alguns casos, como câncer de cabeça e pescoço, que ela não pode ser usada).

Feliz com os cabelos e, principalmente, com o Gustavo nos braços, Caroline passará agora pela cirurgia na mama. “Tenho histórico na família e vou tirar a mama. Estou esperando o resultado do exame genético, se tiver tendência para o câncer de mama vou tirar a outra também”, diz.

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