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Câncer de próstata atinge mais de 60 mil homens por ano

Segundo tipo de câncer mais comum entre os homens (perdendo apenas para o câncer de pele), o câncer de próstata atingiu cerca de 61 mil brasileiros no ano passado. Grave, principalmente quando diagnosticado tardiamente, ele é considerado hoje a segunda causa de morte por câncer em homens, ficando atrás apenas do câncer de pulmão. Oncologista clínica, Dra. Marcela Jorge Uchoa enfatiza que a detecção precoce da doença é um dos passos mais importante para se alcançar a cura. “A taxa de mortalidade deste câncer está em queda, em parte pelo diagnóstico mais precoce”, diz.
Sobre a gravidade da doença, a especialista destaca que alguns destes tumores podem crescer de forma rápida, espalhando-se para outros órgãos e podendo levar à morte. “A grande maioria, porém, cresce de forma tão lenta que não chega a dar sinais durante a vida e nem a ameaçar a saúde do homem”, completa. A falta de sintomas é um dos perigos do câncer de próstata. “É recomendado procurar um médico especialista se estiver urinando pouco de cada vez ou urinando frequentemente, especialmente durante a noite, obrigando-o a se levantar várias vezes para ir ao banheiro, tendo dificuldade para urinar ou dor, presença de sangue na urina ou sêmen e ejaculação dolorosa”, orienta Dra. Marcela.
Ela completa que o câncer de próstata pode ser diagnosticado precocemente pela combinação de um exame de sangue, que avalia os níveis de PSA, e pelo exame de toque retal. A recomendação-padrão é que homens saudáveis façam exames anuais de PSA e toque retal a partir dos 50 anos. Homens com risco maior (aqueles que têm parentes que tiveram câncer de próstata ainda jovens) devem começar os exames mais cedo, aos 45 anos. “É bom lembrar que estes exames não têm 100% de precisão e que a realização de novos testes são necessários para diagnóstico preciso, como a biópsia da próstata”, esclarece a oncologista.
Como todo câncer, o melhor tratamento é avaliado caso a caso e depende de uma série de fatores, como idade, estado geral de saúde, o estadiamento da doença e a chance de cada tratamento de curar o câncer. Cirurgia, radioterapia e terapias hormonais são as opções mais comuns. “A quimioterapia pode ser usada em alguns casos e, em outros, médico e paciente podem optar por apenas acompanhar a evolução da doença, sem nenhuma forma ativa de tratamento”, afirma Dra. Marcela.
As metas mais importantes buscadas pelo oncologista é a qualidade de vida durante e depois do tratamento. Nesse sentido, a equipe médica deve ser informada de dores e outros sintomas que incomodem o doente. “A radioterapia e drogas radiofarmacêuticas também podem ser utilizadas para tratar a dor e lesões provocadas pelo câncer que atingiu os ossos. São substâncias com elementos radiativos que, quando injetadas, se acumulam nas partes dos ossos com células cancerosas, levando ao alívio da dor, impedindo o crescimento tumoral e podendo aumentar a sobrevida dos pacientes”, conclui a oncologista.