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Câncer de mama: novas abordagens

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Câncer de maior prevalência entre as mulheres, o câncer de mama é foco de atenção de pesquisadores e médicos de todo o mundo. Não à toa, todo ano novas abordagens e terapêuticas são aprovadas para aprimorar ainda mais o tratamento da doença, melhorando o prognóstico.

Oncologista Clínica, Dra. Laura Maria de Jesus Moreira reforça que a detecção precoce da doença segue como a principal aliada no combate ao câncer. “Fazer os exames de rastreamento do câncer de mama é fundamental para todas as mulheres, em especial as que já passaram dos 40 anos ou que tenham casos de câncer na família. Diagnosticado precocemente, o câncer de mama tem mais de 90% de chance de cura”, ressalta.

Uma vez diagnosticado, há diferentes condutas para o tratamento. “O protocolo de tratamento é individualizado de acordo com a história de cada paciente, das características das células do tumor analisadas pelo exame histopatológico e Imunohistoquímico e também estadiamento clínico. Cirurgia para a retirada do tumor e quimioterapia são alguns dos tratamentos, assim como a radioterapia. A ordem em que serão feitos – e se será necessário todos eles – é definida pelo oncologista que acompanha o caso”, descreve.

Além desses conhecidos tratamentos, a imunoterapia também entra como aliada. “Recentemente tivemos a aprovação do atezolizumabe para o tratamento de casos avançados de câncer de mama, em especial o triplo negativo. A imunoterapia atua estimulando as células de defesa do organismo para que elas reconheçam e ataquem o agressor, neste caso, o tumor. Foi um grande avanço para este tipo de câncer que é de difícil tratamento”, diz.

Dra. Laura explica que o triplo negativo leva este nome porque ele não apresenta três alvos que podem ser atacados pelos tratamentos usuais. “É um câncer que não tem receptores de estrogênio, nem receptores de progesterona, nem proteína HER2 e a dificuldade do tratamento é justamente porque não poderemos lançar mão de drogas que seriam direcionadas para essas peculiaridades nas células do tumor quando são positivas. Com a imunoterapia temos mais uma terapêutica e com resultados”, atesta.

Pelo mundo novos estudos seguem em andamento. Recentemente, o FDA (agência federal do Departamento de Saúde e Serviços Humanos dos Estados Unidos) aprovou o alpelisibe em combinação com o fulvestranto para tratamento de mulheres pós-menopausa e homens com câncer de mama avançado ou metastático, HR+, HER2-, PIK3CA mutado, após progressão durante ou após um regime endócrino. “Cada vez que há um novo estudo e uma nova aprovação de drogas para uso em pacientes a medicina ganha. São novas terapêuticas que surgem e ajudam no combate ao câncer”, finaliza a oncologista.

 

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