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Automedicação e câncer

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A automedicação é uma ação imprudente. Ela parte do princípio de que a pessoa sabe o que tem e qual o remédio mais eficaz para aquele sintoma ou doença. Entretanto, a medicina não é uma ciência exata, nem tampouco o que serviu para o vizinho serve para você. Os medicamentos possuem efeitos colaterais, podem interagir com outras substâncias e, por conta disto, serem contraindicados em algumas situações/condições.

“Quando se fala em oncologia, isto é ainda mais perigoso. Os pacientes, por vezes, na ânsia de achar um caminho para a cura ou alívio de sintomas, usam de medicações, ervas e outras substâncias que podem ser extremamente prejudiciais à saúde e ao tratamento em si”, antecipa Dr. Bruno Pozzi, oncologista clínico.

Ele explica que mesmo quando se fala em produtos naturais é imprescindível falar com o médico ou outro profissional da saúde que esteja acompanhando o paciente, como o nutricionista, antes de ingerir o que alguém indicou como bom. “Não é porque é natural que fará bem naquele momento. Claro que há produtos que podem ser utilizados, mas perguntar ao médico antes é uma atitude responsável porque mesmo produtos naturais podem interagir com as medicações e o tratamento em andamento, como quimioterapia e hormoniterapia. Há ervas e substâncias que podem bloquear ou intensificar reações, ocasionando prejuízo para o paciente”, alerta.  

Dr. Bruno afirma que o especialista que acompanha o paciente é a melhor pessoa para tirar toda e qualquer dúvida. “O paciente em tratamento do câncer faz consultas frequentes com o médico, este é o momento para tirar dúvidas. Não tenha receio de falar de medicamentos ou ervas que possam ter sido indicados por terceiros para você, o médico estará sempre pronto para te informar se há algum risco, comprovação científica ou se é algo que, mesmo não tendo comprovação, não oferece risco”, destaca.

Mesmo medicamentos conhecidos, como analgésicos, antitérmicos e antiinflamatórios, devem ser questionados antes. “Pela situação do tratamento em curso, pode ser que algum princípio ativo de um medicamento que o paciente tomava antes passe a ser contraindicado, apenas o médico saberá dizer. Você pode inclusive perguntar a ele qual analgésico é mais indicado em caso de dor, trazendo mais segurança e eficácia ao tratamento”, conclui.

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