Informativo
Aconselhamento genético na oncologia

A hereditariedade é um dos fatores que podem levar ao câncer (mas não é o principal!). Cerca de 10 a 20% dos casos de câncer são devido a mutações genéticas herdadas na família. Testes genéticos que analisam o DNA (seja colhido no sangue ou na saliva) são um caminho para descobrir se há alguma mutação (testes indicados pelo oncologista clínico ou geneticista dependendo do histórico do paciente).
Oncologista clínica especialista em oncogenetica, Dra. Marcela Jorge Uchoa conta que é comum o paciente questionar sobre condutas a tomar em relação aos filhos. Passar pelo aconselhamento genético é o ponto principal para avaliar a família como um todo e não só o paciente. É durante o aconselhamento que orientamos possíveis riscos de transmissão da mutação aos descendentes que, em geral, é de 50%. É importante frisar que a mutação não pula geração, ou seja, se o filho não tiver herdado, ele por consequência não passará aos seus filhos”, explica.
Ela reforça também que ter a mutação não significa que o câncer irá se desenvolver. “Cada mutação tem seu risco particular e para minimizar o possível desenvolvimento de neoplasias podemos atuar de forma preventiva, seja por cirurgias, medicamentos ou estilo de vida”, destaca
Durante o aconselhamento genético, o especialista orienta o paciente sobre os testes existentes e quem deve fazer. “Sempre é importante lembrar que o paciente participa do processo e tem também poder de escolha. Respeito é sempre importante, assim como cuidar da saúde”, finaliza Dra. Marcela.