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Acompanhamento médico deve continuar após o tratamento do câncer

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Em média, 580 mil novos casos de câncer são registrados por ano no Brasil, de acordo com estudos feitos pelo INCA – Instituto Nacional do Câncer. Dentro desse grupo, existem milhares de pessoas que descobrem a doença precocemente ou já em um estágio avançado. Porém, ainda há muita gente que desenvolve a doença mesmo após o término dos tratamentos, e isso possui relação com a falta de acompanhamento médico depois das medidas de ataque às células cancerígenas. Quem fala sobre o tema é o cirurgião oncológico Dr. Rafael Sato.

“Grande parte da classe médica incentiva que os pacientes deem valor às análises médicas mesmo com o tratamento tendo terminado. Isso se dá pelo fato de haver uma possível recidiva da doença”, alerta.

De acordo com ele, é fundamental entender melhor o porquê desse importante acompanhamento pós-tratamento do câncer. “Temos questões como os efeitos do tratamento, problemas relacionados à imunidade, análises de recidivas da doença e até mudanças de hábito que podem trazer benefícios aos pacientes”, elenca.

Sobre os efeitos dos tratamentos, Dr. Rafael lembra que a radioterapia e a quimioterapia são as principais alternativas para tratar um tumor cancerígeno. “Mesmo que a descoberta da doença seja em fase estável, essas intervenções são fortes e costumam desencadear efeitos colaterais após o término das sessões. Ter consultas frequentes com o médico ajuda a evitar a intensidade desses efeitos e garantir que a recuperação seja sadia e sem complicações. Tendo o apoio do médico mesmo depois da retirada do tumor ainda é necessário para que esses efeitos não dificultem a readaptação do organismo”, explica.

A imunidade também pode ser afetada pela radioterapia e quimioterapia. “Por isso é relevante que o médico avalie a condição do paciente após a intervenção para conferir se nenhum distúrbio está acontecendo no corpo. Um exemplo é a queda dos glóbulos brancos no sangue, que precisa ser sanada com rapidez para evitar um transtorno sanguíneo, assim como acontece com pacientes que apresentam alguma intolerância a alguma outra ação que afeta consideravelmente a imunidade, deixando-o mais sensível”, completa Dr. Rafael.

A recidiva da doença é, na avaliação do especialista, a razão mais forte para seguir com acompanhamento médico. “O médico vai observar se os indícios cancerígenos ainda são encontrados não só na região tratada, mas em outras partes do corpo. Embora um tratamento em uma fase inicial do câncer seja eficaz na maior parte dos casos, ainda assim não é excluída a hipótese da doença voltar. Dessa forma, com o auxílio médico depois da cura, fica mais fácil de eliminar qualquer apoio à doença”, reforça.

Dr. Rafael lembra que o tratamento do câncer muitas vezes envolve consumo de medicamentos fortes, cirurgias para a retirada de órgãos e outras estruturas e por isso é preciso que o corpo se adapte à nova condição. “Visitando o médico após o processo de cura, fica mais fácil adotar medidas que ajudam o organismo a se adaptar à nova fase. Dietas específicas, regulagem no consumo de remédios, verificações de mudanças ou intolerâncias e indicação de atividades físicas são alguns exemplos de medidas que são passadas no consultório médico”, diz.

Dr. Rafael finaliza reforçando a importância do paciente se comprometer com as visitas regulares ao médico. “O acompanhamento médico, em si, é uma medida não só de apoio à cura, mas também de prevenção para garantir o sucesso inicial do tratamento.”

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